segunda-feira, 14 de maio de 2012

Teste do pezinho


Relaxando na casa da vovó após o teste do pezinho.


Amenizada a angústia por conta da amamentação e um pouco mais tranquila por ver minha filhota sendo alimentada, pudemos começar a curtir nossa pequena. Muito bom vê-la mais tranquila e alimentada.

A primeira saída de Julia foi para o tão “temido” teste do pezinho. De tanto ouvir horrores sobre como o bebê sofre e chora com os furinhos no calcanhar, segui para a clínica apreensiva, talvez ainda fragilizada pela lembrança dos choros incessantes de antes.

Mas a nossa pequena surpreendeu...no colo do pai chorou apenas de leve, cessando o desconforto em seguida e arrancando da maezinha aqui, que se encontrava com as mãos suando e geladas, um sorriso feliz, orgulhoso e aliviado. Em seguida, foi só relaxar na casa da vovó.


Fiquei sabendo que existem vários tipos de teste do pezinho...infelizmente, as pessoas que dependem do SUS aqui em Sergipe só têm acesso ao teste que diagnostica duas ou três doenças. Diante da injusta realidade da saúde pública em nosso país, somos afortunados por podermos pagar um plano de saúde que cobre um exame mais completo.  








segunda-feira, 7 de maio de 2012

Amamentação




Parafraseando minha amiga Romeluzia : “ Como é difícil ser mamífero”.







Foi com muita tristeza que constatei que não conseguiria amamentar Julia, em função da mamoplastia que fiz há 20 anos atrás. Ainda guardava a esperança de ser uma exceção e conseguir por alguns meses dar leite materno para minha bebê, mesmo tendo consciência de que aleitamento materno exclusivamente seria impossível e que eu teria que complementar com leite artificial.

Ao recebermos alta do hospital questionei ao pediatra (neonatologista que recepcionou minha bebê) se não seria necessário prescrever logo o leite artificial, pois embora a descida do leite materno demore alguns dias para todas as mulheres, o meu caso ensejava uma cautela maior.

Como eu tinha colostro, o pediatra achou por bem aguardar um pouco mais e me orientou a colocá-la no peito sempre que pudesse para estimular essa descida.
E assim, confiantes, saímos da maternidade. Mal sabíamos os dias terríveis que se seguiriam.

Foram apenas 04 dias...é, 04 longos e tenebrosos dias com minha bebê chorando de fome, sem que eu tivesse leite o suficiente para alimentá-la. Não conseguimos contato com o pediatra e ainda acreditávamos que eu teria leite. Cheguei a ter os seios endurecidos, semelhante à apojadura e crédulos, prosseguíamos tentando. Um estresse pavoroso pelas noites em claro com ela chorando e só parando, quando adormecia por puro cansaço. E nós, ingênua ou estupidamente, acreditando que o leite chegaria. Só de lembrar me corta o coração e dá um nó na garganta.

Tivemos a ajuda de um anjo bom chamado Joana, a tia Joaninha, que nos prestou todo o apoio que podia e muito mais. Por duas vezes, inclusive, chegou a amamentar minha filhota. Nunca poderemos recompensá-la à altura.

Somente na segunda-feira pudemos ir ao banco de leite onde formos maravilhosamente acolhidos, sendo constatada minha baixa produção e o pior: que Julia havia perdido mais de 20% do peso com o qual nasceu. O tolerado é no máximo de 10 %. Foi um choque e uma angústia sem fim. Senti-me culpada por ter feito a cirurgia e por não ter insistido com o pediatra sobre o leite artificial. Coloquei a vida dela em risco e isso muito me machuca.

Erramos sim, mas por ingenuidade, despreparo e pela vontade enorme de amamentar minha filha.

Tentei de tudo para que mesmo recebendo a alimentação artificial minha filha não largasse o peito...mas foi em vão. Ainda na gravidez eu havia adquirido um produto chamado mama tutti, que é usado em relactação e consiste em administrar o leite artificial por uma sondinha colocada junto ao seio, ao mesmo tempo em que o bebê mama. Tal processo deu certo algumas vezes mas tornou-se inviável pois é necessário ajuda de outra pessoa além do custo acabar se tornando absurdo pois cada sondinha é descartável.

Chorei muito, me angustiei e me culpei bastante e até hoje sinto profundamente não poder ter amamentado minha filha, mas procuro pensar que fiz o possível e que o vínculo que temos se constrói com muito mais coisas que apenas a amamentação.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

ELA CHEGOU!!







 Finalmente chegou o tão esperado dia 25 de abril, dia do nascimento de nossa filha Julia, dia da temida cesariana, dia do meu nascimento como mãe e do nascimento de Max como pai. Foi um dia emocionante, começando pela minha saída às 04:30 hs da madrugada da casa de minha mãe (antes minha casa), para onde não retornei depois da maternidade, pois iríamos começar vida nova em nosso novo lar. Deixei e levei saudades...

Tudo foi rápido e às 06:00 hs minha pequena nasceu e quando ouvi seu chorinho a recebi com um sorriso, um beijinho e um feliz sussurro - “seja bem vinda filha”. Durante a cirurgia fiquei um pouco apreensiva pela certa dificuldade em retirar minha pequena, pois a danadinha, ainda transversa, “subiu” um pouco mais parecendo resistir em ser retirada de sua casinha redonda.

Max acompanhou a tudo calma e atentamente, mesmo diante da estranheza quando o médico disse para que eu prendesse a respiração e fizesse força, evidenciando a dificuldade em retirar nossa bebê. E depois a recebeu em seus braços pela primeira vez...momento mágico!!

Meu sobrinho Fabio, estudante de enfermagem ávido por conhecimento e novas experiências, não conseguiu assistir à cesárea mas foi recompensado quando pegou minha pequena no colo. Acho que ele vai acabar se encantando pela especialidade obstetrícia. 

Ainda na sala de recuperação, após a demora em liberarem o apartamento onde ficaria, recebi Julia que estava “esfomeada” e “inquieta”, palavras da enfermeira, para que colocasse lhe oferecesse o peito. Assim foi feito e ela se acalmou, mal sabia eu o quanto esse tema “amamentação” se transformaria em um pesadelo.
Recebemos alta dois dias depois e começou então uma nova vida agora a três...